quarta-feira, 14 de maio de 2025

A porra da liberdade chegando com um vestido elegante e um tênis surrado

Chegar aos 29 foi como entrar num quarto meio bagunçado, mas eu finalmente sei onde estão as coisas. É o último gole antes dos 30 — e ele vem forte. Às vezes amargo, às vezes delicioso. Mas o que importa é que agora eu sei engolir sem fazer careta.

A tal liberdade não veio com gritos, veio com um sussurro. Não é fazer tudo o que quero, mas ter o poder de dizer isso aqui eu não vou mais suportar. Eu não preciso mais me convencer de que aguentar chefe escroto ou trabalho que me suga faz parte do “processo”. Foda-se esse processo. Se não me respeita, eu não fico. Se não me inspira, eu não fico. Se me adoece, eu saio.


Meu corpo também mudou, sim — e ainda bem. Aos 29, eu me olho pelada no espelho e penso: caralho, eu sou foda. Não porque alguém disse, mas porque eu sinto. Sexo hoje tem gosto de autoconhecimento. Eu sei o que gosto, como gosto, e não tenho vergonha de pedir. Ou de não querer. Transar comigo mesma virou um dos meus rolês , e sinceramente? Tô me saindo muito bem melhor agora.

E a grana? Bom, ainda não estou rica, mas também não tô mais desesperada. Liberdade financeira, pra mim, é abrir o extrato sem ter taquicardia. É comprar uma roupa porque eu mereço, e não porque tô tentando tapar buraco nenhum. Aprendi a investir, a guardar, mas também a gastar sem culpa. Trabalhei pra isso, porra. 

Emocionalmente, 29 tem sido sobre fazer faxina. Eu tirei da sala os fantasmas que estavam ocupando espaço demais. E abri uma janela pra aquela menina que ainda mora em mim — a adolescente dramática, intensa, que ainda chora ouvindo música e se apaixona fácil. Ela não é um erro. Ela é a faísca. Eu só precisei aprender a ouvir sem deixar que ela dirija o carro. A minha elegância hoje não tá no salto (às vezes nem no sutiã). Tá em dizer “não” com um sorriso no rosto. Em ligar o foda-se com ternura. Em deixar de seguir quem me fazia sentir pequena. Em fazer terapia. Em dormir em paz. Em rir de mim mesma. Em me abraçar no caos sem me chamar de fracarr.

Eu ainda não sei tudo — e espero nunca saber. Mas eu entendi que viver é essa dança entre a mulher que sustenta e a menina que sonha. E honestamente? Isso é mais bonito do que eu imaginava. 

Cheguei aos 30. Bora conversar?

 


Chegar nos 30 é tipo: “Ué… já?!”

Você olha pra trás e vê tanta coisa vivida, errada, certa, doida — e mesmo assim ainda sente que tá começando. É confuso, é bonito e às vezes é só… cansativo.


Criei esse espaço porque escrever me alivia. É onde eu organizo a bagunça da cabeça e do coração. Aqui vou falar de tudo um pouco: o que penso, o que sinto, o que tô tentando entender. Vai ter desabafo, vai ter opinião, vai ter um monte de coisa que talvez só faça sentido pra mim — ou talvez faça pra você também.


Não espero ser exemplo de nada. Só quero ter um cantinho onde eu possa ser eu, sem filtro, sem fórmula.


Se você caiu aqui, seja bem-vindo.

Puxa uma cadeira, pega um café (ou uma taça) e vem comigo.

Porque cheguei nos 30… e a conversa só tá começando.


Entre o corpo e a alma— Resquícios

Sentir, logo cedo, o pulsar do meu coração mais acelerado que antes. Ao abrir os olhos, percebo mais um lindo amanhecer. Estou imóvel por um...